DESERTO

Acompanhado apenas de seus pensamentos nesse momento árido e vulnerável pelo qual passa a nossa civilização, Flavio Lima entregou-se ao tema de sua nova série fotográfica: o deserto.

Em sua primeira exposição virtual, ocasião em que inaugura a galeria de arte Viga, o fotógrafo aproveita o momento para mostrar ao mundo o chamado que a natureza lhe fez.

Ao reproduzir em seu estúdio fotográfico a geografia do hostil bioma e transformar minúsculos pixels de areia em arte, Flavio nos apresenta a leveza que o deserto pode trazer à nossa mente, esvaziando os sentidos para nos reabastecer com um novo significado.

Para ele, o deserto é feito de silêncio, reflexão, paz e amor. E após uma experiência em uma zona árida – mesmo com a tentação de reencontrar e se refugiar em sua bolha – nós saímos transformados e preparados para habitar um lugar mais fértil e mais bonito.

Assim como Jesus e Moisés passaram pelas mais arduas provações no deserto, também nós sairemos enriquecidos dos momentos de “deserto” pelo qual estamos atravessando.

É hora de: reinventar, repaginar, ressignificar, redesenhar, renovar, reprogramar, reiniciar, rebobinar.

Nessa série, a fluidez e o movimento dos tecidos fotografados lembram que o deserto se modifica diariamente, às vezes em questões de horas. Os ventos formam e desmancham suas dunas o tempo todo. E assim também é a vida. As curvas nos fazem diminuir a velocidade, mas não dizem que devemos parar. Pelo contrário, somos livres para seguirmos em frente mesmo diante dos maiores obstáculos.

Repare nas cores vivas. Elas mostram que o resultado da renovação interior traz mais beleza à nossa alma e à nossa vida, e as nervuras dos tecidos nos mostram que a superação se dá passo a passo. Nas pequenas coisas e pequenos degraus é que vamos seguir e vencer.

E você, o que enxerga entre as dunas de Flavio Lima?


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